BALANÇO
AS SAÍDAS
Há movimentos gastronômicos que não estão ligados somente às tendências do mercado econômico e da moda vigente no setor. Movimento que acredita na responsabilidade do homem diante daquilo que produz como alimento, buscando sustentabilidade, cadeia de produção de alimentos de maneira economicamente justa, estando alinhados às relações culturais e a hábitos alimentares praticados de acordo com o bom convívio social e o respeito ao meio ambiente. Exemplo um pouco mais antigo, como o “SLOWFOOD” que defende a biodiversidade alimentar e as tradições gastronômicas, promovendo um modelo sustentável de agricultura que respeita o meio ambiente, a identidade cultural e o bem estar animal e apoia as demandas da soberania alimentar, ou os direitos das comunidades de decidir o que cultivar, produzir e comer. Até movimentos mais contemporâneos, existentes principalmente em grandes cidades, como o “FREEGANISMO”, baseado no “não-consumo”, ou seja, na utilização de alimentos que seriam descartados de supermercados e quitandas, porque estão fora dos padrões de mercado por razões meramente estéticas. Além disso, muito conhecida, a expressão “Xepa” expressa exatamente o consumo de alimentos que seriam descartados nos fins das feiras. Os “freeganistas” não compram seus alimentos, adotam estratégias alternativas para viver baseados em uma participação limitada na economia e consomem o mínimo possível de produtos. Os freegans apóiam a comunidade, a generosidade, o interesse social, a liberdade, e a ajuda mútua, e têm com uma de suas estratégias “pilhagem urbana” ou “mergulho em lixeiras“. Essa técnica consiste em buscar no lixo de varejistas, residências, escritórios, e outros locais, por bens utilizáveis. Em busca de alimentos que podem ser consumidos, mas que não são mais vendidos porque estão fora do padrão. Além destes dois conceitos principais, outros conceitos alimentares como a cozinha crudívora e a cozinha viva também estarão presentes nas preparações. Importante ressaltar que a alimentação será sempre alinhada com o tratado de Segurança Alimentar, seguindo as regras de higiene, segurança e condução de boas práticas alimentares, preservando a saúde de todos os participantes.